Como sabem estou fazendo MBA e a coisa está bem pesada, não pensei que fosse demandar tanto de mim no sentido que é preciso manter os estudos em dia e os exercícios. Odeio fazer dever de casa e exercícios parece que são feitos para deixar a pessoa deprimida e puta sempre colocando mais dificuldade e variáveis filhas da puta pra me foder. Não sou brilhante em inteligência e concentração e isso só piora ainda mais. Meus finais de semana estão um saco porque fico agoniado para manter em dia tudo e não deixar acumular e claro, se eu rodar terei que pagar de novo a matéria e meu dinheiro vai pro espaço.
Dia desses o professor almofadinha (esses viadinhos professores de MBA se acham pra caralho) passaram uma puta dum trabalho maldito e em equipe. Até queria fazer sozinho mas pra não parecer um pau no cu pra turma acabei entrando numa equipe de 3 pessoas, eu, duas mulheres e um cara. Este cara disse “ei vamos no sábado lá em casa e fazemos o trabalho”. Fiquei puto pensei que iríamos fazer e juntar as coisas mas nãããão estes viados sociáveis sempre fodem a vida de todo mundo. As vadias, como é comum no sexo feminino, aceitaram submissamente.
Acordei no sábado indignado e fui pra casa do cara. Bairro de classe rica, super condomínio. Eu indo de ônibus. Enquanto chegava no prédio dele a pé uma das vadias chegou de carro. Ai ai. Não falarei qual mas era Sedan, super moderno. Uma das coisas que eu mais odeio e me sinto lixo é mulher e playboys conhecidos passando de carro por mim. Fico furioso e humilhado de uma forma… Ela estaciona, me cumprimenta… “Oiiiii!!!”. Ai ai, como pode a vida de patricinhas ser tão boa e fácil pra serem tão felizes todo momento? Fico puto.
Subo o elevador com ela, ela puxando papo tal, perfume forte. Para um pobretão feio como eu é sempre novidade e um momento mágico sentir o forte perfume de uma mulher. Chegando na porta da casa do cara da equipe ele abre a aparece. È um cara mais velho na casa dos 35 anos e tal, típico trabalhador de escritório paulista, cargo de gerente, devendo ganhar seus 10 a 15k mês.
Entrando na casa eu fiquei maravilhado. Super televisão na sala, tudo arrumado bonito, projeto arquitetônico legal, macbook, quadros, fotos da família. Eu ficava olhando tudo aquilo e pensando várias coisas como “quanto gasto inútil” e “que foda esse lugar”. A vadia da equipe ficou toda toda porém logo apareceu a esposa do cara, relativamente gostosinha mas nem tanto de rosto. Veio sorrindo e cumprimentando a gente. Me deu beijinho no rosto. Vaca folgada. Toda esposa na maioria dos casas é uma grande vaca folgada que conta com o marido pra ter vida boa (mesmo empregadas).
Chega a outra vadia da equipe e sentamos na mesa. Quero terminar logo aquela merda mas toda hora surgem papos idiotas paralelos e aí começa a minha destruição.
“Aiiiii você já foi pra Aruba??” grita a vadia vendo uma foto do cara com a esposa. E inicia-se um papo filha de uma puta sobre lugares que viajaram na vida na américa central. Cancun, Aruba, Trinidad & Tobago, eu nem lembro direito mas eles, OS TRÊS, falando de viagens. Você vai em tal praia? Fez snorkel (hein?), fez escalada, fez bungee jump, fez mergulho, foi no cocobongo (que é isso, filme do O Máscara?), fez barco, fez isso e aquilo. O papo era animado, trocas de experiências, empresas turísticas, guias turísticos, comidas, pacotes pagos e feitos. Só animação e exibicionismo, risos, suspiros.
Enquanto isso, o PASPALHÃO aqui ouvindo e ouvindo e ouvindo. O pior momento foi quando perguntaram “pobretão, já viajou pra lá, conhece?”. Puta merda como doeu falar com voz baixinha e fina “não…”. Eu suava de humilhação e raiva. Mantive a compostura ouvindo tudo o que falavam fingindo atenção e ria junto quando riam, e fiz perguntas para não parecer quieto burro tosco pobretão.
A vadia da esposa chegou a trazer um Ipad com as fotos. Isso foi absurdamente doloroso pois o maridão chamou “Villllmaaaa, traz o Ipad de foto pra mim, amor?”. E veio ela trazendo. Essa cena também me destruiu. Nossa ela obedeceu o cara e ainda curtiu isso? Que tipo de magia negra é essa? Na minha vida as mulheres só me olham com nojo e invisibilidade e só em ambientes de balada que consigo algo (como já viram aqui no blog). Eu fico pensando que porra é essa, como esses fdps conseguem ter mulher? Porra. Parece um clube que não me deixam entrar.
Todos colocaram a chave do carro na mesa e seus super celulares (eu tenho smartphone agora porém não é moderno como o deles). Sem falar, claro, de quando falam de seus trabalhos. Todos os 3 gerentes. Puuuuta merda. E sou… um mero assistente. Eles contando histórias emocionantes de stress e como mandam em muita gente e eu lá ouvindo e tentando complementar. Que ódio.
Na hora do trabalho eu só queria acabar pra ir pro bar do meu amigo poder beber e afogar minha tristeza e vida ruim de merda. Esses caras que eu tenho que conviver vivem em outro mundo que não pertence a mim. Não sei como fecham as contas mensais, não sei como torram tanto em carros (IPVA, manutenção, prestação), apartamentos fodões (Iptu, prestações, água, luz, telefone), viagens, roupas, comidas, eletrodomésticos, eletrônicos, baladas, bares, restaurantes. Eles tem outra visão de vida. Eles tem a visão do dinheiro serve pra gastar e torrar tudo numa competição de status e confortos exagerados. Eles NÃO QUEREM a LIBERDADE. Eles querem o hedonismo, a gastança a comparação de status diariamente, eles se alimentam disso, se sustentam disso, vivem pra isso. Para as mulheres isso é ainda mais pronunciado, elas veêm o dinheiro como fonte infinita e que serve para ser totalmente gasto e ai do homem que discorda desta visão.
Ao final do trabalho uma das vadias me deu carona e me deixou no ponto de metrô. Não existe nada mais duramente humilhante para um homem que pegar carona com uma mulher sentando no passageiro (se você não tem carro). Elas dirigem mal, se perdem fácil e são atrapalhadas. Não param de falar merda e querem que você as entretenha. Odeio isso de ter que puxar assunto com essas vadias pois elas odeiam silêncio. Sim, ela é casada, praticamente toda vadia em SP parece que tem namorado e marido, puta merda parece que não tem ninguém solteira nessa merda de cidade e eu sou o que sobrou.
Corri pro metrô e corri pro bar do meu amigo, gritei com ele, “ME DÁ UMA BEM GELADA” e desci 4 copos cheios um atrás do outro. Ao invés de ficar sentado com meus amigos lá fora, fiquei na parte de dentro, no balcão, de cabeça baixa, como cena típica de filme, alisando o copo, pensando merdas. De como é horrível ver esses playboys e patricinhas com vidas maravilhosas, salários enormes, mandando em todo mundo. Acham lindo serem escravos do trabalho. Mulheres irritantes de padrões enormes de beleza e riqueza para avaliar os homens, todas modernetes e “independentes” se achando as tais.
Sei que essa gentalha acha eu um merda mas ficam naquela falsa humildade e sentindo-se o máximo por eu ser abaixo deles. Sei que se acham superiores.
Não há nada pior que ser pobre e não há sentido na vida sem dinheiro. Dinheiro é vida, dinheiro é poder e dinheiro é respeito.
Como é ruim ser um pobretão de vida ruim.
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