Um dos assuntos mais polêmicos do mundo trata da religião. Eu não quero entrar aqui em guerras religiosas mas sim tentar ver se a força da igreja e da religião ajudam ou atrapalham um pobretão na luta pela riqueza.
Esta semana e semana passada fui em 3 igrejas diferentes. Eu estou muito triste com minha vida. Sempre acreditei em deus e sou batizado católico e silenciosamente me afasto dos ataques de ateus ao meu redor (São Paulo tem um alto número de ateus devido a grande cultura gay, hippie, swinger e progressista da cidade) pois além de ser muito burro em termos de defender a fé católica, sou péssimo exemplo no campo sexual para poder enfrentá-los sem parecer hipócrita.
A minha tristeza de vida de ser pobre, sem amor e carinho feminino, ser feio, não ver luz no fim do túnel, uma vida de trabalho – casa – trabalho sem alegrias ou pequenos momentos de pequena alegria me deixam chateado de que a vida não passe de uma longa estrada rumo à morte.
Fui procurar Deus para me acolher. E fui na Igreja Católica primeiro, na missa. Grande quantidade de pessoas velhas, quase nenhum jovem. Algumas vadias aqui e ali mas ignorei-as. A missa foi bastante teórica. Tentei ver palavras de ânimo para um pobretão jovem feio. Mas as palavras do padre não me tocavam e sim as imagens, o clima bom da igreja. Em certo momento rezei sozinho e pedi a Deus para me ajudar, me iluminar. “Deus, essa é a vida que terei por 60 anos? Sozinho, pobre, humilhado no trabalho, sem alegria?”
Não satisfeito, no outro dia resolvi que ainda não tinha ouvido uma palavra amiga. Sabe, quando você é homem (e e não uma mulher que tem tudo de mão beijada na vida), jovem, feio e pobre, os seus amigos não querem ouvir porra nenhuma de reclamação. É só você ver aqui no blog: Qualquer hora que eu escrevo sobre tristeza, dureza da vida, chove xingamentos, tapas na cara, ataques pessoais, reclamações. Ninguém quer lhe oferecer um ouvido, uma palavra de apoio ou de histórias parecidas. As pessoas querem ouvir que você, de repente, venceu na vida. Nenhum amigo seu quer ouvir seus problemas e sim quer parar no bar e na balada para tomar todas e pegar mulher. Agora, se uma mulher, fizesse um blog IGUALZINHO ao meu, reclamando que é pobre, jovem, sofredora, não só ia chover apoio DOS MESMOS QUE ME XINGAM e TROLLAM mas ela seria proposta em casamento e até mesmo proposta ser sustentada. Muito provavelmente ela já teria tido um encontro e feito sexo com caras mais velhos dispostos a dar vida de conforto.
Dessa forma, quem me resta neste mundo a não ser Deus (Richard Dawkins que não é)? Então eu fui em outra igreja. Eu fui numa igreja perto de casa chamada Igreja Quadrangular. É uma igreja evangélica. O clima muito mais animado, pessoas mais jovens, muito casal, muita criança, pessoas bem mais pobres e de periferia. Música, cantos, a força da palavra dos pastores era intensa. A interpretação deles da bíblia puxavam para o lado bom da superação humana diante do ruim.
“Temos que nos superar irmãos, pois Deus ajudará aquele que com calma batalhar”. Entre outras frases interessantes, o foco na riqueza pessoal, na abundância, no esforço, na calma, no pensamento positivo, no acolhimento e a força de pertencer a algo era constante na Quadrangular. Isso me deixou animado. Eu via o sofrimento ou calma nos olhos de muitas pessoas e isso por incrível que pareça me confortava, ao contrário da frieza, olhares de nojo e desconfiados das velhas católicas no dia anterior.
Saí animado e me sentindo bem. No outro dia, cheguei no trabalho e comecei a fazer tudo o que precisava.
Esta semana fui na Igreja Mundial. Aquela daquele pastor que passa na televsão muito carismático. Mesmo público da Quadrangular porém o foco da Mundial é mais na cura de doenças e em milagres. Isso não me tocou tanto mas o culto é animado e o calor humano interessante. Sei que tem momentos próprios para a riqueza.
Na minha visão, a igreja evangélica fala mais com o pobretão jovem e feio (tinha muita gente feia e pobre pra burro nas evagélicas que fui). As reuniões especiais (de empresários, de casais, de solteiros, de empreendedorismo) são formas de tentar conectar Deus ao seu pensamento positivo e fé interpretando a bíblia. O número de mulheres novas de 13 a 19 anos nas evangélicas com roupas inadequadas e desdém por Deus era também alto. Essa força da palavra do pastor pode ser muitas vezes o que alguém precisa ouvir, como eu.
No caso da Igreja Católica, ela me afasta e me deixa triste. As velhas que compõem a maioria do público não ligam pra mim, já tem a vida feita. As mulheres não chegam nem perto. E os poucos homens que vão estão na deles. O padre, mais velho, não interpreta a bíblia para tocar o jovem pobretão feio que precisa de apoio moral, na idade mais difícil, no grupo demográfico que mais morre, mais sofre, mais é rejeitado, mais é detonado e mais sofre violência moral e física da sociedade e das mulheres. Enquanto um homem de 45 anos, casado com 2 filhos está lá ganhando seus 12.000 reais com cargo de gerente e diretor oprimindo funcionários e tendo casos extraconjugais com novinhas, existe 50 jovens pobres e feios que lutam diariamente por um lugar ao sol sem poder nem reclamar pois se não é arrombado por seu círculo social. E a Igreja Católica não está nem aí. Nem uma palavra é direcionada nas missas. Já na Evangélica o pastor tem a intensidade e enxerga mais de perto o que passamos.
Concluindo: Deus é o conforto que muitos precisam para seguir no caminho da vitória. A fé leva a riqueza. Não importa a igreja que se vá mas como Deus pode lhe acolher quando você fraqueja e o mundo dos homens o abandona.
Forte abraço!