Investir ou não em empresas mistas ou reguladas?

O “símbolo do povo” e a “mais querida dos bostileiros” carcomido e destruído exatamente por aqueles que próprio bostileiro elegeu. Esses mesmos merdileiros que hoje choram que “acabaram com a empresa do povo” não entendem que eles tem sangue e corrupção na mão. Que divina comédia.

Enquanto meu dinheiro fica seguro na renda fixa e minhas noites de sono protegidas sem ter mais a Eletropaulo para foder minha vida (o resultado do 3º trimestre foi outro desastre), eu me preparo para voltar para a bolsa mas agora de forma diversificada e com uma proporção do meu capital muito menor.

E enquanto eu aguardo meu psicológico se recuperar e observar meus novos gastos morando sozinho (a mudança logo ocorrerá) para fazer a diversificação eu passei a observar as ações da bolsa para ver como investirei a parcela que irá para renda variável (bolsa). Não quero mais passar o que passei com a Eletropaulo nem quero comprar empresas merdas e lixos aguardando foguetes. Chega disso, não adianta.

E passei então a pensar que o melhor que se pode fazer é não investir nem a pau em empresas em mercados regulados por agências reguladoras ou empresas mistas.

No caso de setores que tem agências reguladoras, você fica a mercê do governo. O caso emblemático foi exatamente Eletropaulo. De forma a atacar a empresa, a ANEEL (agência de energia elétrica) que é aparelhada pelo governo petralha atacou-a com reajustes baixíssimos e multas por ser a concessão na área da capital do estado comandado pelo PSDB.

Você pode até argumentar no caso da SABESP ou COMGÁS que são reguladas por agências e são empresas fantásticas. Mas o governo de SP que graças a deus está com o PSDB é extremamente pragmática e justo nos reajustes e muito parceiro da empresa. A SABESP, apesar dessa crise hídrica que qualquer um que não seja um jumento petralha sabe que 30% é culpa da empresa mas 70% é da pior seca dos últimos 250 anos em SP, é uma boa empresa. A Comgás também é uma boa empresa. No caso da Comgás como se trata de fornecimento menos nos holofotes como água e energia, seria até possível investir por ter uma característica anticíclica muito bom (mesmo na crise o consumo é estável).

No caso das empresas mistas, ai ai, o que dizer? O caso mais emblemático são a Petrobrás e Eletrobrás. A Petrobrás foi DESTRUÍDA pelo governo petralha e pelos funças públicos imundos que lá trabalham e não produzem nada (exceto os engenheiros de petróleo e a galera das plataformas e o pessoal da pesquisa, o resto não precisa metade do que tem). Fundos de pensão está tendo violentos prejuízos por terem investido na empresa, gente que investiu o FGTS, dividendos fudidos, etc, etc. Se fosse uma empresa privada, a Petrobrás seria do nível da VALE, ou seja, uma gigante poderosa do setor e quem sabe uma das top 10 maiores empresas do planeta em valor de mercado, em dividendos, em lucros, em faturamento. Mas nãããão, “O PETROLEO É NOSSO E DO POVO”, “PETRÒLEO E ESTRATÉGICO”, “HURR DURRRRRRRR”. Enquanto isso a empresa deve ter 200% a mais funças do que seria necessário.

A Eletrobrás é menos famosa que a Petro mas ela é um dos maiores antros de despedício de dinheiro, massa de manobra política, corrupção e canalhices já vistos na história das empresas do mundo. Ela é utilizada como cabide de empregos de forma absurda e para cobrir rombos e mais rombos por aí. No caso dela é hilário o pessoal que faz o famoso value investing (investir em valor), em que se observa múltiplos da empresa como P/VP (relação preço por valor patrimonial) e investe-se em que tá abaixo de 1 (sendo simplista aqui). A teoria é que empresas cotadas com preços muito abaixo do seu valor patrimonial (soma de todos os ativos da empresa) são barganhas pois elas se recuperarão no médio e longo prazo de forma poderosa. Bem, digamos que a Eletrobrás está há DÉCADAS dentro da teoria bonitinha mas por interferência estatal ela CONTRARIOU uma teoria DE INVESTIMENTOS CONSAGRADA sozinha.

Isso demonstra que quando falamos de governo e investimento você pode fazer todas as análises poderosas, pode apostar, pode ver torcer mas não adianta, onde tem a mão do governo mais pesada você vai se foder (como foi comigo). Setores regulados ou empresas mistas (governo tem participação) não dá para arriscar muito.

Eu sei que o governo fode todos os setores (quer empresa mais eficiente que AMBEV mas o goverlixo petralha vive aumentando os impostos sobre bebidas) mas é possível minimizar isso. Existe o risco sistêmico do governo que são suas medidas que ele faz pra todas as empresas e tem os setoriais em que ele fode setores específicos por ter mão pesada neles.

Elétricas, concessões de rodovias, aviação são exemplos bons de setores escrotos. Empresas mistas como Eletrobrás, Petrobrás e Banco do Brasil são exemplos de empresas do governo escrotas.

Setores de consumo em geral, mineração, matérias primas, indústrias poderosas que possuam operações internacionais e nacionais diversificadas serão as minhas escolhas quando eu fizer minha carteira na bolsa.

Forte abraço!