Empreendedores de biboca tem melhores vidas que a minha?

Todo dia quando vou para o trabalho sofrendo e triste porque vou para um lugar grotesco que não quero estar enfrentar o absurdo transporte imundo público cercado de chimpanzés merdilheiros eu observo o comércio ao longo do caminho. É muito comércio que tem e não estou falando só dessas lojas idiotas de departamento ou de grifes falo das famosas bibocas que são os mercadinhos, lojinhas de roupas, lojas de venda de utensílios, retíficas, manutenções em geral (carro, eletrodoméstico, informática), chaveiros, barraquinhas de pastel ou comidas lixosas, feirantes, pequenos restaurantes, botequinhos. Todas as bibocas lixos que vemos por aí tocadas desde nordestinos, periferentos, famílias inteiras de evangélicos, chineses estúpidos, italianos velhos, libaneses gananciosos, paulistas nativos de sobrenome lixo, enfim toda essa galera com suas bibocazinhas que aos poucos vão abrindo seu negócio enquanto eu sigo para a destruição do emprego CLT maldito.

Eu tenho uma profunda curiosidade de saber os números desses lugares. Quanto que faturam? Quanto que é o lucro? O aluguel? Como eles pagam os impostos? Tem contador? Como fazem com o pagamento de funcionários? Como que pessoas claramente humildes ou que não tiveram mesmos estudos e nível alto de competição empregatícia que enfrento todo dia conseguem lidar com tudo isso ou fazem para tocar seu negócio?

Como que é a vida deles? Será que tem menos stress que eu? Mais felizes? Mais esperançosos? VIda mais tranquila e legal? Mulheres desses caras será que ficam com mais tesão por saberem que o maridão é dono de negócio?

São tantas perguntas que me faço olhando pela janela do busão enquanto estou em pé me segurando firme para não cair a cada freiada do motorista cuzão e a cada ponto que para e entra mais bostileiros e você se encosta num estranho cheio de germes e fica amassado, suado e triste porque sua vida será isso pro resto de sua juventude (que já está quase perdida). Como será a vida desses caras?

Isso me faz ficar pensando muito sobre abrir bibocas como diversas vezes já comentamos aqui no post de minimercado que o Corey que é empreendedor falou que é uma merda e de boteco/bar que possui horários terríveis mas tem a minha cara. São tantas bibocas de bosta que vivem e ficam por aí como que um cara como eu não conseguiria manter também se toda essa galera consegue? Será que minha vida não seria melhor?

EVANGÉLICOS E O EMPREENDEDORISMO

Quem tem oportunidade de dar olhada nos canais evangélicos da Igreja Mundial e Universal sabe que elas tem dias que são chamados congressos de empresários ou de sucesso em que a mensagem é clara dos pastores: Sucesso é ter seu próprio negócio. Vários relatos são feitos de pessoas que tem lojas e cresceram que eram empregados e agoram empreendem.

Muitos são mentiras mas eu fiz uma ligação mental que realmente vejo muita loja tocadas por evangélicos e eles esbanjam mesmo. Evangélicos em geral não tem uma preparação tradicional de escolas de negócio ou exemplos de empresários na família pois o evangelicismo ainda está em 1º e 2º geração no Brasil a partir do boom na década de 2000. O que explica isso? O que explica eles terem mais grana, coragem, mais negócios que famílias tradicionais ou nativos paulistas como eu? Não dá pra entender.

Vocês podem notar que este post é cheio de perguntas mais que explicações. É isso mesmo. São coisas que me deixam encucado e que não consigo desvendar pois nunca tive um negócio ou vi os dados de um pequeno negócio na mão como sabem Corey e Bye Bye Brazil ou ainda o Sovina Mesmo em que todos são empresários.

Fiquem à vontade para divagar (Falou de diabolher eu apago ouviu seus chimpas do caralho).

Aumentar os impostos é o caralho!

Forte abraço!