Como evitar a síndrome do quanto mais ganhamos, mais gastamos?

Um dos maiores erros na busca pela independência financeira (IF) é que com o aumento da idade da pessoa o seu salário vai aumentando graças à experiência e promoções que vai conseguindo.

Isso é fantástico pois o aporte aumenta certo? Depende. As pessoas cometem erros graves com os aumentos de salário que é o que os americanos chamam de “lifestyle inflation” (inflação do estilo de vida).

Você ganha 2.000 reais líquido. Suas diversões são comer cachorro quente na esquina, cachacinha com os amigos e comprar alguns DVD’s piratas. Suas camisas são do camelô. Você vai no pagode do bar do seu amigo e se diverte muito. Você pega pobretonas feias quando dá e leva em motéis baratos. Você é relativamente feliz.

Você passa a ganhar 4.000 reais líquido. Agora você já vai comer pizza no restaurante. Você troca a cachaça pela cerveja e ousa tomar uma Original ou Bohemia ás vezes. Você passa a comprar uma camisa da Tommy Hilfiger. Você passa a querer pegar umas feias de classe média e a demanda de grana sobe mais um pouco.

Essa é a inflação do estilo de vida. Quando passamos a ganhar mais temos a tendência a querer subir de patamar em cada um dos setores da vida, nós passamos a substituir tudo por coisas mais caras ou acrescentamos produtos/serviços/hobbies que antes não fazíamos. Isso não só é perigoso para os aportes como se você perde emprego ou tem redução salarial o impacto na sua qualidade de vida é enorme e portante seu psicológico é extremamente abalado.

O que mais tem aqui no meu blog são relatos de casados com salários enormes mas que não conseguem poupar porra nenhuma. Isso porque seus estilos de vida cresceram demais piorados pelo fato que tem filhos e esposa. De fato quem tem família e passa a ganhar cada vez mais são os que mais tem dificuldades com a inflação do estilo de vida. Isso porque suas esposas exigem cada vez mais nacos do salário direcionados para a “família”. Exemplo, o colégio passa a ser cada vez mais caros, a viagem do ano passa a ser pro exterior ou para lugares cada vez mais longes, eletrônicos fodões pros filhotes, as compras de supermercado do mês se tornam cada vez maiores.

O segredo para evitar esta armadilha é simples. A proporção despesa/salário deve ser sempre fixa em um montante que você se sinta confortável (recomendo no máximo 50%). Com seu salário aumentando você terá mais grana pra gastar consigo em valores absolutos, mais grana pra aporte sem ferir a relação despesa/salário o que ajuda você em dois pontos: Primeiro você não fica com estafa mental de ver seu salário enorme e você na penúria sem gastar com nada. Isso é ruim pois economizar é como dieta, tem uma hora que você não aguenta e faz merda (tipo eu quando vou pra puteiro e gasto até os tubos).

O que faz a gente gastar mais quanto mais ganha é a ilusão do consumismo com suas ilusões. Carros melhores, celulares maiores, marcas de roupa, viagens internacionais. Lembre-se do tempo que se divertia com pouco. Gaste mais com aquilo que lhe faz bem mas mantenha os consumismos malditos sob controle, no mesmo patamar de quando você era um paspalho de salário minúsculo.

Se você é casado e sustenta a casa e filhos e tem maior nível educacional, intelectual, financeiro e sua esposa não é no mínimo no nível destas duas você está fazendo tudo errado. Se ela é gorda ou tem barriga então pior ainda, você jogou sua vida fora. Se ela é gorda/barriguda, feia e você casou em separação parcial então você… bem você… bem sem comentários.

O exemplo que eu dei eu faço pra mim. Eu não mudo nunca a relação de % de despesa por salário que vai pela casa de 75 a 80%. Eu procuro não ficar tentado a mudar meu aporte via definição arbitrária de valores absolutos pois isso significa muito stress e estafa mental de não ver nada do que eu ganha retornando em mais lazer e alegria pra mim.

Para os casados a situação é complicada pela pressão que sofrem de suas esposa. Mulheres são responsáveis pela maioria das decisões de consumo planetário mesmo tendo fatia baixa do total de riqueza produzido no mundo. Como a matemática fecha? Simples elas definem como os homens devem gastar a grana. E sabemos que elas são péssimas decisoras financeiras, com tendências graves ao consumismo, sem visão alguma de médio e longo prazo o que faz com que elas queiram gastar todo o salário do mês com coisas cada vez melhores e maiores. Pior, elas não permitem quedas de qualidade de vida em nenhum setor o que engessa o orçamento do homem. Por isso que os casados funcionários públicos mesmo com os melhores salários possuem patrimônios pífios apesar da ostentação diária. Culpa de suas esposas e seus filhos catarrentos.

É mais uma técnica do pobretão way of life ao seu dispor no seu batcinto de arsenal de ferramentas para vencer o mundo canalha que vivemos.

Ps: Infelizmente descobriram o Zé Mobral, nosso grande amigo e ele teve que dar adeus à blogosfera. Convoco todos os blogueiros de finanças, dentro e fora do ranking que apaguem aqueles que estão revelando dados dele imediatamente na hora que são postados. Também suprimam coisas que falem mal dele para preservá-lo até que ele possa ficar de boa. Esses desocupados adolescentes que poluem a blogosfera são uns bostas mesmo. Aos fãzinhos do troll, ele tem dedo nisso só para que saibam. Continuem idolotrando este merda e aos blogueiros, vejam se vale a pena manter uma merda canalha desses no blogroll. Desde a época do começo do blog dele este bosta inisinuava merdas e já tinha falado o nome do Mobral pra tentar foder com o cara, ou seja, já estava passando informações para seu exército ou pesquisa sobre o rapaz. Tá aí o ídolozinho de vocês. E se fazia amigo do cara dando conselhos. Vamos dar um basta ou não?